terça-feira, 6 de julho de 2010

Aula dia 02/07/2010

Entrega de notas e médias.

Aula dia 25/06/2010

Na aula de hoje realizamos uma breve auto-avaliação e avaliação da disciplina. Em um segundo momento celebramos o fim da disciplina e o fim do semestre com um pequeno coquetel.



Aula dia 18/06/2010

Na aula de hoje, mesmo com a presença de poucas acadêmicas, realizamos a leitura de um texto complementar sobre a inclusão, apontando caminhos a serem seguidos neste processo.
Apesar de a leitura ser um pouco complexa (já que o texto não era de autor brasileiro e, portanto, fugia de nossa realidade), foi possível perceber a importância do texto para nossa reflexão.



IGUALDADE SOCIAL!!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Aula dia 11/06/2010

Na aula de hoje a professora Beta levou para a sala alguns filmes relacionados a Inclusão de pessoas com deficiências. Entre os filmes estavam "Perfume de Mulher", "A primeira Vista" e "Oitavo Dia". O filme foi "Simples Como Amar".


Título original: The Other Sister
Lançamento: 1999 (EUA)
Direção: Garry Marshall
Atores: Juliette Lewis , Diane Keaton , Giovanni Ribisi , Tom Skerritt , Poppy Montgomery
Duração: 129 min
Gênero: Drama
Status: arquivado

Após passar alguns anos em uma escola especial, Carla Tate (Juliette Lewis) foi "graduada" e poderá voltar para casa de seus pais em São Francisco. Mas, apesar de ser intelectualmente limitada, Carla planeja morar sozinha, ter uma vida independente e também se libertar da presença da mãe, que a vigia de forma sufocante. Este desejo de ter seu próprio apartamento é aumentado quando conhece Danny McMann (Giovanni Ribisi), um jovem que como ela é mentalmente "lento", mas mora sozinho. Em pouco tempo Carla e Danny estão namorando e já pensam em se casar.

Nesta aula não tivemos tempo de fazer uma análise coletiva do filme, mas, terminaremos na próxima aula!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Aula dia 28/05/2010

Na aula de hoje, terminamos de realizar as apresentações sobre os livros ligados a educação especial. Os livros apresentados relataram a importância de se almejar uma escola inclusiva, respeitando as diferenças e especificidades de cada aluno.
Desta forma, o professor deve planejar as suas aulas e as suas atividades de acordo com os alunos que tem em sala de aula, e não planejar com alunos ideais.
Além disso, o professor é um importante agente para que a educação inclusiva se efetive, pois, o primeiro passo para inserção do aluno no ambiente escolar e a transformação do que se tem posto no sistema de educação parte do docente.
Após uma breve discussão conclusiva sobre o seminário, realizamos, em dupla, um questionário sobre a educação inclusiva, com o objetivo de verificar o quanto já sabemos sobre o assunto.
O questionário se encontra nesta revista Nova Escola:


Com este questionário, podemos ver que a educação inclusiva requer muito conhecimento por parte do professor, para que se conscientize sobre a importância da mesma. Mas, além de conhecimentos teóricos, é importante que o professor esteja preparado para colocar estes conhecimentos em prática, construindo uma realidade mais justa.


"A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho, para todos, é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não passam por isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de vencer os preconceitos. A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor que, por direito, ocupem o seu espaço na sociedade. Se isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma vida cidadã pela metade. Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o que ele pode ser. Além disso, para nós, professores, o maior ganho está em garantir a todos o direito à educação."
Maria Teresa Égler Mantoan


sábado, 22 de maio de 2010

Aula dia 21/05/2010

Na aula de hoje terminamos de apresentar as nossas observações de escolas com presença de alunos especiais.

Em um segundo momento, iniciamos a apresentação dos livros que lemos referentes a inclusão ou alguma deficiência.

Segue a minha análise:

Algumas considerações


Com a leitura da obra “Inclusão escolar: pontos e contrapontos” , uma visão geral sobre a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no Brasil nos é passada, mostrando as contradições presentes em nosso sistema de ensino.
Uma das questões abordadas nos textos, e que serve para reflexão de professores em formação, é a questão dos objetivos atuais da escola em contradição com os pressupostos inclusivos.
A escola, na forma como está organizada, prevê que ao final de um período letivo todos os alunos devem se enquadrar em determinados padrões pré-estabelecidos pelo sistema e, caso contrário, devem refazer a mesma série.
Considerando-se que uma escola é formada, na sua essência, por pessoas, e que todos somos diferentes, como exigir a padronização de conhecimentos?
A escola reúne um conjunto de pessoas, e cada uma delas possui uma forma de aprender, aliada a suas limitações e dificuldades. Não há como padronizar e homogeneizar as pessoas.
Para facilitar a aprendizagem de todos, as especificidades dos alunos devem ser levadas em consideração no planejamento de ensino, para que o professor adapte as atividades e materiais, visando aprendizagens reais e significativas os educandos.
Podemos refletir, ainda, sobre a questão inclusão e integração, analisando qual modelo predomina no sistema escolar. Atualmente, os alunos com necessidades educacionais especiais que são matriculados na rede regular de ensino, dificilmente encontram um ambiente escolar que propicie aprendizagens reais, levando em conta as diferenças individuais.
A maioria das escolas não se prepara e não se transforma para receber e atender a todas as necessidades educacionais. Elas apenas aceitam e “ajudam” os alunos especiais, cumprindo papel socializador. Assim, deixam de lado a sua maior tarefa, que é propiciar a aprendizagem de todos.
Portanto, fica claro que, apesar de inúmeras leis e documentos oficiais defenderem o direito de todos em frequentar e usufruir todos os bens e serviços, a realidade é muito diferente.
Como educadores em formação, devemos reconhecer a importância de um trabalho inclusivo e lutar não apenas por uma escola aberta as diferenças, mas sim lutar por uma sociedade mais justa e igualitária. Afinal, conviver com as diferenças é um privilégio!!


ARANTES, Valeria Amorim (Org). Inclusão escolar: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2006. 103 p.

sábado, 15 de maio de 2010

Aula dia 14/05/2010

Na aula de hoje demos continuidade a apresentação sobre a observação de alunos com deficiências nas escolas.
A minha pesquisa e relatório:


Análise de visita na escola para observação de alunos portadores de deficiência


A visita na escola para observação de aluno com deficiência aconteceu na Escola Estadual Humberto Hermes Hoffmann, no distrito de Caravaggio, município de Nova Veneza. A aluna observada é surda, tem 15 anos e frequenta a 7ª série da respectiva escola.
A escola possui, no geral, ampla estrutura física, contando com ginásio de esportes, pista de atletismo, campo de futebol, salas de aula, sala de vídeo, biblioteca, rampas de acesso para cadeirantes, pátio coberto, banheiros adaptados, dentre outros.
A entrevista com uma das professoras da aluna aconteceu com a docente de inglês. A professora iniciou respondendo que inclusão é, a seu ponto de vista, “uma medida do sistema de incluir as pessoas com deficiência ou alguma limitação nas turmas de ensino regular”.
Ela acredita que a ideia de inclusão “é interessante, mas ainda há muito a ser feito para garantir o aprendizado dessas crianças (materiais, espaço, capacitação)”.
Segundo a professora, questões de preconceito e discriminação não costumam acontecer em suas aulas, mas, para isso, conversa com os alunos frequentemente para evitar qualquer segregação.
Afirmou, ainda, que o PPP da escola aborda a questão da inclusão, e que alunos diferentes são muito bem recebidos naquele espaço, que, afinal, é de aprendizagem. Nunca realizou nenhum curso de aperfeiçoamento sobre a área de inclusão.
Observando-se a aluna em sua respectiva turma, em contato com os colegas e professores, pode-se obervar que a mesma possui bom relacionamento com os alunos e com a docente.
As atividades que a aluna realiza são as mesmas atividades do grupo, evitando que se sinta, assim, excluída. A única coisa que os demais alunos fazem diferente dela é treinar a pronúncia das palavras no inglês, ou seja, treinar a habilidade de leitura no outro idioma.
Analisando-se o que foi exposto pela professora e o que foi observado, pode-se confirmar que a aluna possui bom entrosamento com alunos e com professores, não sendo excluída nas atividades propostas, dentro de suas limitações.
A aluna é favorecida, pois, na escola, existe uma sala de SAED, na qual uma pessoa especializada em surdez e também em outras deficiências orienta e ensina a aluna a utilizar a LIBRAS, melhorando a sua comunicação tanto na escola quanto no dia-a-dia em geral.
Analisando-se o posicionamento da professora e a sua recepção ao saber que se pretendia conversar sobre inclusão para a realização deste trabalho, percebe-se que a mesma ainda não compreendeu a importância da inclusão escolar. Ela diz que inclusão é uma medida do “sistema”, deixando claro que se torna obrigada a aceitar estes alunos na sala de aula.
Percebe-se, ainda, que ela confunde o conceito de inclusão com integração, pois, acredita que inclusão é apenas colocar as pessoas com deficiência na sala de aula regular. Não cita a importância exercida pela inclusão ao promover a transformação de toda a escola visando a construção de toda uma sociedade mais justa. Ou seja, minimiza a inclusão a uma simples adaptação dos alunos ao que já está posto na escola.
Além disso, pode-se observar que a professora cita como um “empecilho” para que a inclusão aconteça à falta de capacitação dos professores. Porém, quando interrogada se realizava algum curso de aperfeiçoamento na área inclusiva, respondeu que não.
Esta colocação da professora evidencia a situação de comodismo que grande parte dos professores se encontra, fazendo com que não busquem solução para as dificuldades que encontram no cotidiano escolar. Se ao invés de reclamar da falta de apoio do governo à professora tentasse fazer a sua parte, se aperfeiçoando e estudando, um atendimento cada vez melhor seria oferecido aos alunos especiais.
Quanto ao posicionamento da escola frente à aceitação de alunos especiais pode-se afirmar que é muito boa, pois, eu mesma já tive a oportunidade de estudar lá com dois alunos surdos (aproximadamente 1999 a 2001), vivenciando o quanto eram bem recebidos e respeitados dentro de suas limitações. Portanto, a escola em geral aceita e convive muito bem com as diferenças.
Enfim, com esta pequena visita realizada a escola pode-se perceber que ainda há muito a ser vencido para que a inclusão não seja apenas uma proposta presente no papel, mas que seja, de fato, uma realidade presente nas escolas de todo o país.
É preciso reconhecer os benefícios promovidos pela inclusão escolar e garantir que cada um faça sua parte para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.


"Nos dias de hoje o debate em torno da inclusão dos Portadores de Necessidades Especiais (PNE) na sociedade é uma realidade e uma necessidade objetivando o exercício da cidadania a todas as pessoas independente de suas patologias, suas diversidades e particularidades."
Ivy de Carvalho Oliveira


Aula dia 07/05/2010

Na aula de hoje iniciamos a apresentação sobre a observação de alunos com deficiência nas escolas. Cada acadêmica relatou o que obervou na escola, qual o posicionamento da professora entrevistada frente a inclusão, dentre outros pontos.
Com esta observação podemos observar claramente o quanto a inclusão está longe de ser alcançada de forma completa, percebendo que a maioria dos professores confunde "integração e inclusão escolar".
Deste modo, observar a prática e o cotidiano escolar é uma forma de avaliar nosso futuro posicionamento em sala de aula, compreendendo o quanto o trabalho do professor é importante para o desenvolvimento integral dos alunos.
Então, com este trabalho de pesquisa como componente curricular (PCC), as acadêmicas tem a oportunidade de aliar e contrastar os conhecimentos aprendidos em sala de aula com a realidade das escolas de sua própria localidade.


quarta-feira, 5 de maio de 2010

Aula dia 30/04/2010

Na aula de hoje continuamos a apresentação do nosso seminário de síndromes...
Inicialmente, a professora Beta cantou conosco algumas músicas, porém, de uma forma diferente... utilizando a LIBRAS! Esta experiência foi muito interessante, pois, podemos ver que realmente é possível transmitir sentimentos e emoções por meio desta linguagem.




Posteriormente, o grupo que ainda não havia apresentado explicou-nos sobre a Síndrome de Prader Willi:

* Síndrome de Prader-Willi: é um distúrbio genético no qual sete genes do cromossomo 15 estão faltando ou não são expressados no cromossomo paterno. Foi descrita pela primeira vez em 1956 por Andrea Prader, Heinrich Willi, Alexis Labhart, Andrew Ziegler e Guido Fanconi.

A incidência da síndrome é entre 1 em 12.000 e 1 em 15.000 nascimentos. A síndrome de Prader-Willi é caracterizada por polifagia, pequena estatura e dificuldades de aprendizado.

Atualmente, a síndrome é diagnosticada através de exames genéticos, que são recomendados para recém-nascidos que apresentem hipotonia. Diagnósticos precoces da síndrome permitem intervenção adiantada, assim como prescrição de hormônio de crescimento. Injeções de hormônio de crescimento recombinante são indicadas para crianças com a síndrome. O hormônio auxilia o crescimento linear e aumenta a massa muscular, podendo também diminuir a preocupação da criança com alimentos e, conseqüentemente, o ganho de peso.

Quadro clínico: retardo mental; hipotonia grave (flacidez); dificudade de deglutição (dificudades para engolir); obesidade; hipogonadismo (defeito no sistema reprodutor).

Finalizando nosso encontro do dia, assistimos a um vídeo sobre o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), esclarecendo alguns pontos a respeito da inclusão de surdos, sua relação com a sociedade e a verdadeira forma como podem interagir na sociedade, normalmente.


"O INES atende em torno de 600 alunos, da Educação Infantil até o Ensino Médio. A arte e o esporte completam o atendimento diferenciado do INES aos seus alunos. O ensino profissionalizante e os estágios remunerados ajudam a inserir o surdo no mercado de trabalho. O Instituto também apóia o ensino e a pesquisa de novas metodologias para serem aplicadas no ensino da pessoa surda e ainda atende a comunidade e os alunos nas áreas de fonoaudiologia, psicologia e assistência social."


Encontre mais sobre o INES no site abaixo:

http://www.ines.gov.br/


"Inclusão é sair das escolas dos diferentes e promover a escola das diferenças" (Mantoan)



Epitáfio
Titãs
Composição: Sérgio Britto
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...

Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...

Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...(2x)

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Aula dia 23/04/2010

No encontro de hoje realizamos a apresentação do seminário de síndromes e deficiências, sendo que cada grupo da sala ficou responsável por realizar a pesquisa de uma síndrome.
O nosso grupo, como expliquei no post passado, ficou responsável pela Síndrome do Autismo.
Assistimos ainda a apresentação da Síndrome de Down, da Síndrome de Rett e a Síndrome de Williams.

* Síndrome de Down: é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossomo 21 extra total ou parcialmente. Recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1862.
A síndrome é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Geralmente a síndrome de Down está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento.
Portadores de síndrome de Down podem ter uma habilidade cognitiva abaixo da média, geralmente variando de retardo mental leve a moderado. É a ocorrência genética mais comum, estimada em 1 a cada 800 ou 1000 nascimentos.

O preconceito e o senso de justiça com relação à Síndrome de Down no passado, fez com que essas crianças não tivessem nenhuma chance de se desenvolverem cognitivamente. Pais e professores não acreditavam na possibilidade da alfabetização, eram rotuladas como pessoas doentes e, portanto, excluídas do convívio social. Hoje já se sabe que o aluno com Síndrome de Down apresenta dificuldades em decompor tarefas, juntar habilidades e idéias, reter e transferir o que sabem, se adaptar a situações novas, e, portanto todo aprendizado deve sempre ser estimulado a partir do concreto, necessitando de instruções visuais para consolidar o conhecimento. Uma maneira de incentivar a aprendizagem é o uso do brinquedo e de jogos educativos, tornando a atividade prazerosa e interessante. O ensino deve ser divertido e fazer parte da vida cotidiana, despertando assim o interesse pelo aprender. No processo de aprendizagem a criança com Síndrome de Down deve ser reconhecida como ela é, e não como gostaríamos que fosse. As diferenças devem ser vistas como ponto de partida e não de chegada na educação, para desenvolver estratégias e processos cognitivos adequados.



* Síndrome de Rett: é uma anomalia no gene mecp2, que causa desordens de ordem neurológica, acometendo quase que exclusivamente crianças do sexo feminino. Compromete progressivamente as funções motora e intelectual, e provoca distúrbios de comportamento e dependência.
No caso típico, a menina desenvolve de forma aparentemente normal entre 8 a 18 meses de idade, depois começa a mudar seu padrão de desenvolvimento. Ocorre uma regressão dos ganhos psicomotores, a criança torna-se isolada e deixa de responder e brincar.
O crescimento craniano, até então normal, demonstra clara tendência para o desenvolvimento mais lento, ocorrendo microcefalia adquirida. Aos poucos, deixa de manipular objetos, surgem movimentos estereotipados das mãos (contorções, aperto, bater de palmas, levar as mãos à boca, lavar as mãos e esfregá-las), culminando na perda das habilidades manuais e estagnação do desenvolvimento neuropsicomotor.


* Síndrome de Williams: foi descrita pela primeira vez em 1961 pelo cardiologista neozelandês John Williams. Este médico verificou que um grupo de pacientes da pediatria apresentava um grupo de sintomas semelhantes, tais como: problemas cardiovasculares, rostos com características semelhantes (aparência facial "élfica" bastante distinta), atraso mental, dificuldade na leitura, na escrita e na aritmética (apesar de apresentar facilidade com Línguas) e um gosto exacerbado por música, entre outros menos comuns. Esta síndrome partilha algumas características com o autismo, apesar das crianças que a apresentam possuírem uma facilidade de relacionamento interpessoal acima da média, ou seja, são excepcionalmente simpáticas (por exemplo, ouvindo o nome de uma pessoa apenas uma vez, passam a chamá-la pelo nome, mesmo que só a encontrem novamente meses depois).
À maior parte das crianças com a síndrome de Williams faltam cerca de 21 genes no cromossoma 7, incluindo o gen para a produção de elastina. A incapacidade de produzir esta proteína é provavelmente a raiz do problema cardiovascular desta síndrome e também pode ser responsável pelas diferenças no desenvolvimento do cérebro.

Em nosso próximo encontro continuaremos as apresentações. Como considereação desta primeira parte do nosso seminário, pode-se afirmar que:


"As escolas devem ser espaços educativos de construçãode personalidades humanas autônomas, críticas, nos quais as crianças aprendem a ser pessoas. Nelas os alunos são ensinados a valorizar as diferenças, pela convivência com seus pares, pelo exemplo dos professores, pelo ensino ministrado nas salas de aula, pelo clima sócio-afetivo das relações estabelecidas em toda a comunidade escolar." (BRASIL, 2004, p. 39-40)


"A educação é também onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos e tampouco, arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em vez disso e com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum." (Hanna Arendt)


sábado, 17 de abril de 2010

Aula dia 27/03/2010

O Óleo de Lorenzo


O filme “O óleo de Lorenzo” conta uma história verídica, que afeta meninos do mundo todo, e que aconteceu aproximadamente em 1984.
A família Odone vivia tranquilamente. Era composta pelo pai, Augusto Odone, pela mãe, Michaela Odone, e pelo filho do casal, o pequeno Lorenzo.
Tudo corria bem: o pai era bem sucedido no trabalho, a mãe uma ótima dona de casa, e Lorenzo adorado por todos, pois era um menino querido e inteligente.
Porém, quando Lorenzo estava com seis anos (aproximadamente), alguns sintomas estranhos passam a afetá-lo. Seu comportamento na escola muda e a mãe nota que há algo de errado. Apresenta sintomas como problemas de percepção, perda da memória, da visão, da audição, da fala e deficiência de movimentos.
Então, Lorenzo é enviado para fazer uma bateria de exames, a fim de detectarem o que havia de errado. Foi diagnosticado como ALD, uma doença extremamente rara que provoca uma incurável degeneração no cérebro, levando o paciente à morte em no máximo dois anos.
Inconformados com a situação decadente do filho, os pais começam a pesquisar e estudar para se aprofundarem sobre a doença do filho, pois não aceitam vê-lo cada vez pior.
Após organizarem conferências, conversarem com vários médicos, participarem de grupos de apoio aos portadores de ALD, os pais de Lorenzo finalmente descobrem um óleo que deve ser acrescentado na dieta do filho, no auxilio a prevenção do avanço da doença.
Apesar de não ser possível reverter danos já consolidados no menino, o uso contínuo do óleo previne que novos sintomas evoluam, melhorando o quadro geral dos portadores de ALD, ou Síndrome de Lorenzo. Lorenzo morreu aos 30 anos.



Assistindo ao filme, que comove inúmeras pessoas a décadas, é possível perceber o quanto a vida de familiares e dos portadores de síndromes e deficiências, de ordem física e mental, é difícil.
Além de faltarem estudos e apoio a estas pessoas, ainda é preciso conviver com o preconceito de inúmeras pessoas, que, por falta de informações, passam a excluir os diferentes da sociedade.
Isto fica evidente no filme, pois, ainda no início do seu diagnóstico, Lorenzo já é convidado e se retirar da escola regular e é indicado a frequentar uma escola especial, deixando claro que, infelizmente, o sistema de educação não está preparado para lidar com as diferenças.
O exemplo de busca, insistência e perseverança dos pais de Lorenzo são um incentivo aos que também sofrem com filhos e parentes portadores de necessidades especiais. Mas, acima de tudo, a história mostra que é preciso lutar pelos direitos e apoio a estas pessoas, pois, com certeza, a sociedade não é um privilegio de alguns, mas um direito de todos.


Ficha técnica

Titulo original: Lorenzo's Oil
Lançamento: 1992 (EUA)
Direção: George Miller
Atores: Susan Sarandon , Nick Nolte , Peter Ustinov , Kathleen Wilhoite , Gerry Bamman.
Duração: 135 min


Aula dia 16/04/2010

Neste encontro aproveitamos o tempo para a preparação de um trabalho que será apresentado na semana que vem (dia 23/04). A sala foi dividida em equipes, sendo que cada uma ficou responsável por apresentar dados e vídeos sobre uma síndrome. Meu grupo apresentará sobre Autismo.
Então, considerando que na aula realizamos uma pesquisa bibliográfica para montagem da apresentação, trarei aqui alguns dados sobre o nossa tema de estudos.


* Definição:
O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente.

* Características:

1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças;

2. Riso inapropriado;

3. Pouco ou nenhum contato visual;

4. Aparente insensibilidade à dor;

5. Preferência pela solidão; modos arredios;

6. Rotação de objetos;

7. Inapropriada fixação em objetos;

8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade;

9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino;

10. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina;

11. Não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam perigo);

12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determina maneira os alisares);

13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal);

14. Recusa colo ou afagos;

15. Age como se estivesse surdo;

16. Dificuldade em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras;

17. Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente;

18. Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos;


Observação: É relevante salientar que nem todos os indivíduos com autismo apresentam todos estes sintomas, porém a maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança. Estes variam de leve a grave e em intensidade de sintoma para sintoma. Adicionalmente, as alterações dos sintomas ocorrem em diferentes situações e são inapropriadas para sua idade.

Fonte de pesquisa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Autismo





Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=eHbC5n9AVQQ

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Aula dia 09/04/2010

Em nossa aula deste dia realizamos alguns acertos e fizemos uma pequena produção textual.
Em um primeiro momento, a prof. Beta nos devolveu a prova que realizamos no encontro anterior, e minha nota foi 10,0. Posteriormente, a docente realizou uma breve recaptulação dos temas que já estudamos até o momento, dando ênfase a língua de sinais e o braille (ver conteúdos nos posts passados).
Deu ênfase, ainda, ao que é ser professor e o que isso exige...

Ser professor é...

O professor é...
Uma mistura de todos
Uma soma de tudo.

... Uma mãe
Com uma centena de filhos
Tentando orientá-los
Lutando para educá-los
Querendo acompanhá-los
E se esforçando para entendê-los.

... Um pai
Sendo firme quando necessário
Exemplando quando preciso
Orientando nas decisões.

... Um orientador
Tentando mostrar o caminho certo
A noção do bem e do mal
Conscientizando para a vida.

É ser humilde para aceitar
É ser seguro para entender.

Ser professor é...
Não só ensinar,
Mas também aprender.


Em um outro momento, realizamos a nossa segunda avaliação irrecuperável (IRREC), sendo que devíamos produzir um texto que abordasse cinco aspectos positivos e cinco aspectos negativos da Educação Inclusiva hoje.

"Educar é ser um artesão da personalidade, um poeta da inteligência, um semeador de idéias" Augusto Cury.



sábado, 27 de março de 2010

Aula dia 26/03/2010

Na aula de hoje realizamos uma avaliação sobre alguns tópicos que já haviamos estudado. A avaliação foi sobre a diferença entre inclusão x integração, as leis que amparam a inclusão em escolas regulares e sobre o contexto histórico da educação especial.

Vou aproveitar, então, para esclarecer a diferença entre integração x inclusão:

* "Na situação de integração escolar nem todos os alunos com deficiência cabem nas turmas de ensino regular, pois há uma seleção prévia dos que estão aptos a inserção. [...] Em suma: a escola não muda como um todo, mas os alunos tem de mudar para se adaptar as suas exigências".

* O mote da inclusão, ao contrário, é não deixar ninguém no exterior do ensino regular, desde o começo da vida escolar. [...] Por tudo isso, a inclusão inplica uma mudança na perspectiva educacional, porque não atinge apenas os alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral".


MONTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusao escolar: o que é, por que, como fazer. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2006.



"Na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: respeitar as diferenças."

Montoan (2005)

sábado, 20 de março de 2010

Aula dia 19/03/2010

Neste encontro tivemos a oportunidade de conhecer um pouco sobre os cegos e os materiais especiais que eles utilizam.

* Em um primeiro momento, conhecemos a história de criação do sistema Braille e o seu inventor...

"O Sistema Braille é um código universal de leitura tátil e de escrita, usado por pessoas cegas, inventado na França por Louis Braille, um jovem cego. Louis Braille, ainda jovem estudante, tomou conhecimento de uma invenção denominada sonografia, ou código militar, desenvolvida por Charles Barbier, oficial do exército francês. O invento tinha como objetivo possibilitar a comunicação noturna entre oficiais nas campanhas de guerra.
A significação tátil dos pontos em relevo do invento de Barbier foi a base para a criação do Sistema Braille, aplicável tanto na leitura como na escrita por pessoas cegas e cuja estrutura diverge fundamentalmente do processo que inspirou seu inventor. O Sistema Braille, utilizando seis pontos em relevo dispostos em duas colunas, possibilita a formação de 63 símbolos diferentes, usados em textos literários nos diversos idiomas, como também nas simbologias matemática e científica em geral, na música e, recentemente, na Informática.
A partir da invenção do Sistema Braille, em 1825, seu autor desenvolveu estudos que resultaram, em 1837, na proposta que definiu a estrutura básica do sistema, ainda hoje utilizada mundialmente."

* Já conhecendo seu contexto de criação, passamos a compreender como funciona este tipo de escrita:

O Sistema Braille consta do arranjo de seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas de três pontos. Os seis pontos formam o que se convencionou chamar "cela Braille". Para facilitar sua identificação, os pontos são numerados da seguinte forma:



As diferentes disposições desses seis pontos permitem a formação de 63 combinações, ou símbolos Braille.



* Conhecendo o alfabeto Braille, passamos a conhecer os materiais por eles utilizados para escreverem:

O reglete:



O punção:



A máquina de escrever:



* Abordamos, ainda, algumas orientações gerais ao trabalharmos com cegos:

- Provoque-o a sentir o mundo nomeando objetos, ampliando seu vocabulário;
- Considere suas habilidades e não suas limitações;
- Mostre as dependências da escola situando-o no espaço, comunicando-o sempre que houver mudanças;
- Não deixe portas e janelas entre abertas;


* Finalizando a aula, assistimos ao desenho animado que narra a história de Anne Sullivan, uma professora, que tenta fazer com que Helen Keller, uma garota cega, surda e muda, se adapte e entenda (pelo menos em parte) as coisas que a cercam.
Para isto, entra em confronto com os pais da menina, que sempre sentiram pena da filha e a mimaram, sem nunca terem lhe ensinado algo nem lhe tratado como qualquer criança.

Assista a uma parte do vídeo no link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=g-0qhVc_hY8


"Com a sua invenção, Luís Braille abriu aos cegos, de par em par, as portas da cultura, arrancando-os à cegueira mental em que viviam e rasgando-lhes horizontes novos na ordem social, moral e espiritual."

domingo, 14 de março de 2010

Aula dia 12/03/2010

Iniciamos, neste encontro, o estudo específico sobre os surdos, abordando seu histórico em contexto nacional, mundial e regional.

Informações gerais:

* Início do séc.XVI: Até então os surdos eram considerados ineducáveis. Na Espanha o monge Pedro Ponce de Leon inicia a educação dos surdos usando gestos e o alfabeto dactilológico, que eram utilizados em mosteiros onde praticavam a regra do silêncio.

* Espanha, França e Estados Unidos, durante muitos anos, difundiram a Língua de sinais; Alemanha e Inglaterra eram seguidores do Método Oral.

* Século XIX oposição entre Método Oral e Língua de Sinais: em 1880, no IIº Congresso Internacional de Surdos, em Milão, o Método Oral foi definitiva e oficialmente introduzido, marcando o abandono da Língua de Sinais.

* No Brasil, em 1855, chegou o professor francês, surdo, Ernest Huet, que com apoio de Dom Pedro II fundou no Rio de Janeiro, no dia 26 de setembro de 1857, a primeira Escola Brasileira para surdos (atual Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES). Os alunos eram educados por meio da Língua escrita, alfabeto dactilológico e Língua de Sinais.

* Em 1881 é proibido o uso da Língua de Sinais no Brasil. Somente em 1981 iniciam as pesquisas sistematizadas sobre a Língua de Sinais. Em Santa Catarina, em 1982, a FCEE, que antes era oralista, adotou a filosofia da Comunicação Total, e só mais tarde, na década de 1990, iniciou o estudo da LIBRAS.

Em Criciúma:

1979 - SALA DE MULTIMEIOS D. A. (ORALISMO)
1989 – SALA DE RECURSOS D. A. (COMUNICAÇÃO TOTAL)
1992 – SALA DE RECURSOS D. A. (LÍNGUA DE SINAIS)
2004 – SALA DE RECURSOS D. A (ESCOLA POLO – BILINGÜISMO)

Estudamos, ainda, um pouco sobre a legislação sobre a Libras:

* LEI 10.436/02
Reconhece como meio legal de comunicação e expressão a língua brasileira de sinais – LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados.

* Decreto 5626/2005 – Regulamenta a Lei 10.436 que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS
Inclusão da LIBRAS como disciplina curricular nos cursos de licenciaturas e optativa nos demais cursos de educação superior a partir de 1 ano da publicação deste Decreto.

* A Língua de Sinais é requisito indispensável para a aprendizagem do surdo, mas só a língua não garante o sucesso na aprendizagem. Se assim fosse, os alunos ouvintes não teriam problemas na aprendizagem, pois, os professores são ouvintes e se comunicam usando o mesmo código lingüístico dos alunos.

É preciso, além da língua, que o professor trabalhe de maneira contextualizada iniciando o processo de apropriação da língua escrita a partir do texto, e não de sílabas e palavras isoladas.

O trabalho interdisciplinar, tendo como ponto de partida e de chegada o TEXTO, resultará numa concepção de conhecimento inter e intra pessoal capaz de transformar o entorno social de nossos aprendizes, garantindo-lhes assim uma melhor qualidade de vida.

Como garantir Educação de qualidade para os educandos surdos?

Língua de Sinais – Garantia dos direitos lingüísticos
Aprendizagem significativa – Função social
Interação - trabalho coletivo
Concepção de avaliação

Após este amplo estudo, realizamos uma atividade dinâmica para iniciarmos a aprendizagem da LIBRAS. Cada acadêmica ficava encarregada de falar, utilizando a LIBRAS, o animal que retirasse nas cartelas previamente preparadas. Com essa atividade aprendemos inúmeras palavras!

Este é o alfabeto:



Neste link você encontra uma apostila básica de LIBRAS:

http://www.surdo.org.br/Apostila.pdf

Neste link você encontra orientações gerais
para o Tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais:

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf

Neste link você encontra orientações sobre o atendimento educacional especializado para as pessoas com surdez:

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_da.pdf

Não deixe de ver também este vídeo: uma apresentação de gala com todas as integrantes surdas. É lindo!

http://www.youtube.com/watch?v=OiUtFqQJeKs



domingo, 7 de março de 2010

Aula dia 05/03/2010

Em nossa segunda aula da disciplina de Metodologia e Fundamentos da Educação Especial realizamos uma breve discussão acerca das leis que amparam a inclusão de Deficientes Físicos e Mentais em instituições escolares “normais”, ou seja, apontam que estas pessoas devem frequentar escolas especiais e também escolas regulares. Com algumas especificidades, é claro.


Quais os caminhos para a construção de uma escola para TODOS?


* Quem são as pessoas portadoras de deficiências:

“São pessoas que apresentam significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores inatos ou adquiridos, de caráter temporário ou permanente.” (Política Nacional de Educação Especial)

* Que leis amparam a sua inclusão no ambiente escolar?


Lei nº 9394/96 – LDBN - Educação Especial


LEI Nº 9394/96 – LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL - 1996
CAPITULO V
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL


Art. 58 . Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial.
§2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular.
§3º A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Art. 59 . Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;
II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
Art. 60 . Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder público.
Parágrafo único. O poder Público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo.

Lei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - Educação Especial

Decreto Nº 6.571/08 - Dispõe sobre o atendimento educacional especializado

Decreto nº 3.298/99 - Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências

Decreto nº 914/93 - Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência

Decreto nº 3.952/01 - Conselho Nacional de Combate à Discriminação


Veja a Legislação completa no Link abaixo:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12716&Itemid=863


Além de conhecermos as principais leis que garantem a educação as pessoas portadoras de deficiências, pudemos visualizar como deve ocorrer a inserção destas pessoas nas salas de aula:

A formação de turmas regulares, com inclusão de crianças e ou alunos com deficiência, não deve exceder:

Educação Infantil
0 a 2 anos - 8 crianças (inclusão de uma criança);
2 a 4 anos - 10 crianças (inclusão de duas crianças);
4 a 6 anos - 20 crianças (inclusão de duas crianças).

Ensino Fundamental – (inclusão de quatro crianças e ou alunos). Distribuição dos alunos pelas diferentes turmas – não concentração de várias deficiências (quatro) na mesma turma.
1ª a 4ª série - 25 crianças;
5ª a 8ª série - 30 alunos.


Finalmente, podemos perceber que o Brasil possui muitas leis e textos legais que garantem o direito de pessoas com deficiências ao acesso a educação de QUALIDADE, mas que, infelizmente, não são sempre colocados em prática. Ainda há muito a ser conquistado em favor destas pessoas...


“A diferença é um conceito que só pode ser definido na relação com o outro. Para se conceituar o que é diferente temos que definir o que é igual. É na relação com o outro que o sujeito se reconhece diferente. A singularidade de cada um só é definida nesta relação. Precisamos do outro para identificarmos nossas igualdade e diferenças. (GOFFMAN, 1998)”




Confira este vídeo...


http://www.youtube.com/watch?v=mJP1iASd6Ys

Amar é respeitar as diferenças... e se adequar as diferenças!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Aula dia 26/02/2010

No dia 26/02/2010 tivemos a nossa primeira aula de Educação Especial, que é lecionada pela professora Beta. Em nosso primeiro encontro realizamos a discussão do plano de ensino da disciplina, cujos principais objetivos são, dentre outros:

* Analisar a trajetória histórica da Educação Especial;
* Conhecer a legislação acerca da Educação Especial;
* Estabelecer paralelo entre diversidade e diferença;
* Caracterizar os Educandos Portadores de Necessidades Educativas Especiais;
* (...)

Em um segundo momento, a professora nos expos os livros que constituem as suas referências. Cito alguns dos mais interessantes:




O acesso de alunos com deficiência às escolas e classes comuns - Moaci Alves Carneiro
Um livro sobre educação inclusiva, feito para auxiliar os educadores e instituições no trabalho diário com os alunos, no intuito de universalizar a escola e planejar o progresso de inclusão social. Essa obra faz parte da coleção Educação Inclusiva, enfim... Uma leitura básica para uma discussão atual.





Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? - Maria Teresa Égler Mantoan
Formar uma nova geração a partir de um projeto educacional inclusivo é fruto do exercício diário da cooperação e da fraternidade, do reconhecimento e do valor das diferenças, o que não exclui a interação com o universo do conhecimento científico sistematizado. A educação escolar não pode ser pensada nem realizada senão a partir da idéia de uma formação integral do aluno - segundo suas capacidades e talentos - e de um ensino participativo, solidário e acolhedor. De forma didática, a autora define inclusão escolar, discute as razões pelas quais esse tema tem sido proposto, quem são seus beneficiários e conclui debatendo sobre os possíveis caminhos para se concretizar a inclusão em todas as salas de aula de todos os níveis de ensino.



Realizadas as principais apresentações, iniciamos a compreensão histórica da evolução dos Portadores de Deficiências. Observamos que o modo com que os Portadores de Deficiência são tratados varia nos diferentes momentos históricos.

Antiguidade Clássica (4.000 AC até 476 DC) – busca da perfeição: a arte, a ciência, a técnica da retórica. Deficiente – sub-humano (abandono ou eliminação).

Idade Média (476 até 1453) – conhecimento religioso (dicotomia – Deus/Diabo,céu/inferno. Deficiente – acolhidos em conventos (castigo/caridade). Inquisição – eliminação dos hereges ou endemoniados (loucos, adivinhos, deficientes).

Idade Moderna (1453 até 1789) – homem animal racional. Deficiência – patologia/tratamento (modelo médico). Método experimental – leis da natureza. Método científico iniciam-se estudos sobre a tipologia e a classificação.

Idade Contemporânea (de 1789 - era atual) – homem em sociedade. Direitos humanos - Movimento de integração. Deficiente – ser de direito e com possibilidades de aprender.

Idade Contemporânea (de 1980 - era atual) – sujeito de direitos. Direitos humanos - Movimento de inclusão de todos, respeito à diversidade.


Depois de uma pequena discussão acerca do tema exposto, a prof. Beta aplicou a nossa primeira avaliação. Ao mesmo tempo que objetivou nos conhecer, também pretendeu levantar nossos conhecimentos prévios sobre Educação Especial.

Assim encerramos nosso primeiro encontro, com a certeza de que há muito a ser conhecido e estudado neste semestre!

"Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças" - Maria Teresa Eglér Mantoan