domingo, 14 de março de 2010

Aula dia 12/03/2010

Iniciamos, neste encontro, o estudo específico sobre os surdos, abordando seu histórico em contexto nacional, mundial e regional.

Informações gerais:

* Início do séc.XVI: Até então os surdos eram considerados ineducáveis. Na Espanha o monge Pedro Ponce de Leon inicia a educação dos surdos usando gestos e o alfabeto dactilológico, que eram utilizados em mosteiros onde praticavam a regra do silêncio.

* Espanha, França e Estados Unidos, durante muitos anos, difundiram a Língua de sinais; Alemanha e Inglaterra eram seguidores do Método Oral.

* Século XIX oposição entre Método Oral e Língua de Sinais: em 1880, no IIº Congresso Internacional de Surdos, em Milão, o Método Oral foi definitiva e oficialmente introduzido, marcando o abandono da Língua de Sinais.

* No Brasil, em 1855, chegou o professor francês, surdo, Ernest Huet, que com apoio de Dom Pedro II fundou no Rio de Janeiro, no dia 26 de setembro de 1857, a primeira Escola Brasileira para surdos (atual Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES). Os alunos eram educados por meio da Língua escrita, alfabeto dactilológico e Língua de Sinais.

* Em 1881 é proibido o uso da Língua de Sinais no Brasil. Somente em 1981 iniciam as pesquisas sistematizadas sobre a Língua de Sinais. Em Santa Catarina, em 1982, a FCEE, que antes era oralista, adotou a filosofia da Comunicação Total, e só mais tarde, na década de 1990, iniciou o estudo da LIBRAS.

Em Criciúma:

1979 - SALA DE MULTIMEIOS D. A. (ORALISMO)
1989 – SALA DE RECURSOS D. A. (COMUNICAÇÃO TOTAL)
1992 – SALA DE RECURSOS D. A. (LÍNGUA DE SINAIS)
2004 – SALA DE RECURSOS D. A (ESCOLA POLO – BILINGÜISMO)

Estudamos, ainda, um pouco sobre a legislação sobre a Libras:

* LEI 10.436/02
Reconhece como meio legal de comunicação e expressão a língua brasileira de sinais – LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados.

* Decreto 5626/2005 – Regulamenta a Lei 10.436 que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS
Inclusão da LIBRAS como disciplina curricular nos cursos de licenciaturas e optativa nos demais cursos de educação superior a partir de 1 ano da publicação deste Decreto.

* A Língua de Sinais é requisito indispensável para a aprendizagem do surdo, mas só a língua não garante o sucesso na aprendizagem. Se assim fosse, os alunos ouvintes não teriam problemas na aprendizagem, pois, os professores são ouvintes e se comunicam usando o mesmo código lingüístico dos alunos.

É preciso, além da língua, que o professor trabalhe de maneira contextualizada iniciando o processo de apropriação da língua escrita a partir do texto, e não de sílabas e palavras isoladas.

O trabalho interdisciplinar, tendo como ponto de partida e de chegada o TEXTO, resultará numa concepção de conhecimento inter e intra pessoal capaz de transformar o entorno social de nossos aprendizes, garantindo-lhes assim uma melhor qualidade de vida.

Como garantir Educação de qualidade para os educandos surdos?

Língua de Sinais – Garantia dos direitos lingüísticos
Aprendizagem significativa – Função social
Interação - trabalho coletivo
Concepção de avaliação

Após este amplo estudo, realizamos uma atividade dinâmica para iniciarmos a aprendizagem da LIBRAS. Cada acadêmica ficava encarregada de falar, utilizando a LIBRAS, o animal que retirasse nas cartelas previamente preparadas. Com essa atividade aprendemos inúmeras palavras!

Este é o alfabeto:



Neste link você encontra uma apostila básica de LIBRAS:

http://www.surdo.org.br/Apostila.pdf

Neste link você encontra orientações gerais
para o Tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais:

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf

Neste link você encontra orientações sobre o atendimento educacional especializado para as pessoas com surdez:

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_da.pdf

Não deixe de ver também este vídeo: uma apresentação de gala com todas as integrantes surdas. É lindo!

http://www.youtube.com/watch?v=OiUtFqQJeKs



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