segunda-feira, 26 de abril de 2010

Aula dia 23/04/2010

No encontro de hoje realizamos a apresentação do seminário de síndromes e deficiências, sendo que cada grupo da sala ficou responsável por realizar a pesquisa de uma síndrome.
O nosso grupo, como expliquei no post passado, ficou responsável pela Síndrome do Autismo.
Assistimos ainda a apresentação da Síndrome de Down, da Síndrome de Rett e a Síndrome de Williams.

* Síndrome de Down: é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossomo 21 extra total ou parcialmente. Recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1862.
A síndrome é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Geralmente a síndrome de Down está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento.
Portadores de síndrome de Down podem ter uma habilidade cognitiva abaixo da média, geralmente variando de retardo mental leve a moderado. É a ocorrência genética mais comum, estimada em 1 a cada 800 ou 1000 nascimentos.

O preconceito e o senso de justiça com relação à Síndrome de Down no passado, fez com que essas crianças não tivessem nenhuma chance de se desenvolverem cognitivamente. Pais e professores não acreditavam na possibilidade da alfabetização, eram rotuladas como pessoas doentes e, portanto, excluídas do convívio social. Hoje já se sabe que o aluno com Síndrome de Down apresenta dificuldades em decompor tarefas, juntar habilidades e idéias, reter e transferir o que sabem, se adaptar a situações novas, e, portanto todo aprendizado deve sempre ser estimulado a partir do concreto, necessitando de instruções visuais para consolidar o conhecimento. Uma maneira de incentivar a aprendizagem é o uso do brinquedo e de jogos educativos, tornando a atividade prazerosa e interessante. O ensino deve ser divertido e fazer parte da vida cotidiana, despertando assim o interesse pelo aprender. No processo de aprendizagem a criança com Síndrome de Down deve ser reconhecida como ela é, e não como gostaríamos que fosse. As diferenças devem ser vistas como ponto de partida e não de chegada na educação, para desenvolver estratégias e processos cognitivos adequados.



* Síndrome de Rett: é uma anomalia no gene mecp2, que causa desordens de ordem neurológica, acometendo quase que exclusivamente crianças do sexo feminino. Compromete progressivamente as funções motora e intelectual, e provoca distúrbios de comportamento e dependência.
No caso típico, a menina desenvolve de forma aparentemente normal entre 8 a 18 meses de idade, depois começa a mudar seu padrão de desenvolvimento. Ocorre uma regressão dos ganhos psicomotores, a criança torna-se isolada e deixa de responder e brincar.
O crescimento craniano, até então normal, demonstra clara tendência para o desenvolvimento mais lento, ocorrendo microcefalia adquirida. Aos poucos, deixa de manipular objetos, surgem movimentos estereotipados das mãos (contorções, aperto, bater de palmas, levar as mãos à boca, lavar as mãos e esfregá-las), culminando na perda das habilidades manuais e estagnação do desenvolvimento neuropsicomotor.


* Síndrome de Williams: foi descrita pela primeira vez em 1961 pelo cardiologista neozelandês John Williams. Este médico verificou que um grupo de pacientes da pediatria apresentava um grupo de sintomas semelhantes, tais como: problemas cardiovasculares, rostos com características semelhantes (aparência facial "élfica" bastante distinta), atraso mental, dificuldade na leitura, na escrita e na aritmética (apesar de apresentar facilidade com Línguas) e um gosto exacerbado por música, entre outros menos comuns. Esta síndrome partilha algumas características com o autismo, apesar das crianças que a apresentam possuírem uma facilidade de relacionamento interpessoal acima da média, ou seja, são excepcionalmente simpáticas (por exemplo, ouvindo o nome de uma pessoa apenas uma vez, passam a chamá-la pelo nome, mesmo que só a encontrem novamente meses depois).
À maior parte das crianças com a síndrome de Williams faltam cerca de 21 genes no cromossoma 7, incluindo o gen para a produção de elastina. A incapacidade de produzir esta proteína é provavelmente a raiz do problema cardiovascular desta síndrome e também pode ser responsável pelas diferenças no desenvolvimento do cérebro.

Em nosso próximo encontro continuaremos as apresentações. Como considereação desta primeira parte do nosso seminário, pode-se afirmar que:


"As escolas devem ser espaços educativos de construçãode personalidades humanas autônomas, críticas, nos quais as crianças aprendem a ser pessoas. Nelas os alunos são ensinados a valorizar as diferenças, pela convivência com seus pares, pelo exemplo dos professores, pelo ensino ministrado nas salas de aula, pelo clima sócio-afetivo das relações estabelecidas em toda a comunidade escolar." (BRASIL, 2004, p. 39-40)


"A educação é também onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos e tampouco, arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em vez disso e com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum." (Hanna Arendt)


sábado, 17 de abril de 2010

Aula dia 27/03/2010

O Óleo de Lorenzo


O filme “O óleo de Lorenzo” conta uma história verídica, que afeta meninos do mundo todo, e que aconteceu aproximadamente em 1984.
A família Odone vivia tranquilamente. Era composta pelo pai, Augusto Odone, pela mãe, Michaela Odone, e pelo filho do casal, o pequeno Lorenzo.
Tudo corria bem: o pai era bem sucedido no trabalho, a mãe uma ótima dona de casa, e Lorenzo adorado por todos, pois era um menino querido e inteligente.
Porém, quando Lorenzo estava com seis anos (aproximadamente), alguns sintomas estranhos passam a afetá-lo. Seu comportamento na escola muda e a mãe nota que há algo de errado. Apresenta sintomas como problemas de percepção, perda da memória, da visão, da audição, da fala e deficiência de movimentos.
Então, Lorenzo é enviado para fazer uma bateria de exames, a fim de detectarem o que havia de errado. Foi diagnosticado como ALD, uma doença extremamente rara que provoca uma incurável degeneração no cérebro, levando o paciente à morte em no máximo dois anos.
Inconformados com a situação decadente do filho, os pais começam a pesquisar e estudar para se aprofundarem sobre a doença do filho, pois não aceitam vê-lo cada vez pior.
Após organizarem conferências, conversarem com vários médicos, participarem de grupos de apoio aos portadores de ALD, os pais de Lorenzo finalmente descobrem um óleo que deve ser acrescentado na dieta do filho, no auxilio a prevenção do avanço da doença.
Apesar de não ser possível reverter danos já consolidados no menino, o uso contínuo do óleo previne que novos sintomas evoluam, melhorando o quadro geral dos portadores de ALD, ou Síndrome de Lorenzo. Lorenzo morreu aos 30 anos.



Assistindo ao filme, que comove inúmeras pessoas a décadas, é possível perceber o quanto a vida de familiares e dos portadores de síndromes e deficiências, de ordem física e mental, é difícil.
Além de faltarem estudos e apoio a estas pessoas, ainda é preciso conviver com o preconceito de inúmeras pessoas, que, por falta de informações, passam a excluir os diferentes da sociedade.
Isto fica evidente no filme, pois, ainda no início do seu diagnóstico, Lorenzo já é convidado e se retirar da escola regular e é indicado a frequentar uma escola especial, deixando claro que, infelizmente, o sistema de educação não está preparado para lidar com as diferenças.
O exemplo de busca, insistência e perseverança dos pais de Lorenzo são um incentivo aos que também sofrem com filhos e parentes portadores de necessidades especiais. Mas, acima de tudo, a história mostra que é preciso lutar pelos direitos e apoio a estas pessoas, pois, com certeza, a sociedade não é um privilegio de alguns, mas um direito de todos.


Ficha técnica

Titulo original: Lorenzo's Oil
Lançamento: 1992 (EUA)
Direção: George Miller
Atores: Susan Sarandon , Nick Nolte , Peter Ustinov , Kathleen Wilhoite , Gerry Bamman.
Duração: 135 min


Aula dia 16/04/2010

Neste encontro aproveitamos o tempo para a preparação de um trabalho que será apresentado na semana que vem (dia 23/04). A sala foi dividida em equipes, sendo que cada uma ficou responsável por apresentar dados e vídeos sobre uma síndrome. Meu grupo apresentará sobre Autismo.
Então, considerando que na aula realizamos uma pesquisa bibliográfica para montagem da apresentação, trarei aqui alguns dados sobre o nossa tema de estudos.


* Definição:
O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente.

* Características:

1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças;

2. Riso inapropriado;

3. Pouco ou nenhum contato visual;

4. Aparente insensibilidade à dor;

5. Preferência pela solidão; modos arredios;

6. Rotação de objetos;

7. Inapropriada fixação em objetos;

8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade;

9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino;

10. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina;

11. Não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam perigo);

12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determina maneira os alisares);

13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal);

14. Recusa colo ou afagos;

15. Age como se estivesse surdo;

16. Dificuldade em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras;

17. Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente;

18. Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos;


Observação: É relevante salientar que nem todos os indivíduos com autismo apresentam todos estes sintomas, porém a maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança. Estes variam de leve a grave e em intensidade de sintoma para sintoma. Adicionalmente, as alterações dos sintomas ocorrem em diferentes situações e são inapropriadas para sua idade.

Fonte de pesquisa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Autismo





Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=eHbC5n9AVQQ

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Aula dia 09/04/2010

Em nossa aula deste dia realizamos alguns acertos e fizemos uma pequena produção textual.
Em um primeiro momento, a prof. Beta nos devolveu a prova que realizamos no encontro anterior, e minha nota foi 10,0. Posteriormente, a docente realizou uma breve recaptulação dos temas que já estudamos até o momento, dando ênfase a língua de sinais e o braille (ver conteúdos nos posts passados).
Deu ênfase, ainda, ao que é ser professor e o que isso exige...

Ser professor é...

O professor é...
Uma mistura de todos
Uma soma de tudo.

... Uma mãe
Com uma centena de filhos
Tentando orientá-los
Lutando para educá-los
Querendo acompanhá-los
E se esforçando para entendê-los.

... Um pai
Sendo firme quando necessário
Exemplando quando preciso
Orientando nas decisões.

... Um orientador
Tentando mostrar o caminho certo
A noção do bem e do mal
Conscientizando para a vida.

É ser humilde para aceitar
É ser seguro para entender.

Ser professor é...
Não só ensinar,
Mas também aprender.


Em um outro momento, realizamos a nossa segunda avaliação irrecuperável (IRREC), sendo que devíamos produzir um texto que abordasse cinco aspectos positivos e cinco aspectos negativos da Educação Inclusiva hoje.

"Educar é ser um artesão da personalidade, um poeta da inteligência, um semeador de idéias" Augusto Cury.